sábado, 16 de junho de 2007

Para riso travado, recomendo a Veja

Esse texto é do Dom Quixote De La Prensa, um dos autores do site Brasil Wiki! O "apelido" retoma não só o nome de Dom Quixote De La Mancha, mas também sua insatisfação e seu reconhecimento da grandiosidade do combate (que outros tenham por imaginário); no caso do De La Prensa, combate não com moinhos, mas com a grande ímprensa. Reproduzo o texto (engraçado e interessante) abaixo, na íntegra. Ao final, uma apresentação do autor, de responsabilidade do mesmo.

Para riso travado, recomendo a Veja (05/06/2007)

Está muito engraçada a Veja desta semana. Acho que vou começar a recomendar a revista para quem está com o riso travado. Como eu parei com as drogas, só fiquei sabendo do assunto porque um amigo recebe a revista de graça e me contou. Uma das reportagens internas tem o seguinte título: Viva o movimento estudantil. Mas a linha fina explica: da Venezuela.

Quer dizer, o movimento estudantil que protesta contra o José Serra não merece uma reportagem digna, explicativa, com a opinião de todos os lados, para que o leitor faça o melhor julgamento. Mas o que protesta contra o Chávez merece todo destaque. Não vou nem me alongar no comentário, está tudo muito claro. Sou contra a proibição das drogas, o leitor é que deve escolher.

Aliás, o Estragão desta terça-feira tem outro factóide do presidente eleito José Serra, (como diz o Paulo Henrique Amorim). Nenhum repórter sequer foi acossá-lo para que explique a crise da autonomia universitária. Mas mandaram cobrir o lançamento de um programa para acabar com as queimadas nos canaviais paulistas, programa que já existe há algum tempo.

Dom Quixote de la Prensa

Um jornalista que vive há mais de 17 anos dentro da fábrica de produtos de lavagem cerebral, nesse jornalismo que sonega informações e manipula a opinião do leitor. Sou um jornalista que acredita na informação como um direito do cidadão, não como mercadoria ou instrumento de deformação do pensamento. Enfim, um Dom Quixote, romântico, idealista, louco, ridículo e incurável. Que teme se identificar e perder o emprego por ter cometido o que em ditaduras se chama de crime de opinião.

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