terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

O homem que matou o homem que matou o homem mau (Jorge Ben)

Lá vem o homem, que matou o homem que matou o homem mau
Lá vem o homem, que matou o homem que matou o homem mau
Lá vem o homem, que matou o homem que matou o homem mau

Pois o homem que matou o homem mau
Era mau também
Um perigoso pistoleiro
Não tinha pena de ninguém

Procurado por assaltos a banco
Roubo de cavalo e outras coisas mais
Chefe de quadrilha
Não queria a concorrência dos demais

Pistoleiro de aluguel
Cobrava 500 dólares
Pra mandar alguém pro beleléu

E com ele não havia xerife que parasse em pé
O xerife morria ou tinha que dar no pé
Mas um dia, para sorte de todos
Um homem bom e corajoso e ligeiro no gatilho apareceu
Foi aí que o homem mau tremeu

Pois seu lado fraco era a filha do ferreiro
A preferida do homem bom
Marcaram o duelo às duas horas de uma terça-feira
E nesse dia todo o comércio fechou
Só a funerária meia-porta baixou

E dois tiros se ouviram
No chão o homem mau ficou
Dizem que ele morreu foi por amor
E o homem bom com a recompensa que ganhou
Está casado e é xerife do local
Quando ele passa o murmúrio é geral

Lá vai o homem, que matou o homem que matou o homem mau
Lá vai o homem, que matou o homem que matou o homem mau
Lá vai o homem, que matou o homem que matou o homem mau
Lá vai o homem, que matou o homem que matou o homem mau

(Jorge Ben, Big Ben, 1965)

Esta canção é interessante pela questão da circularidade. A história termina da mesma forma como começou, com um novo homem assumindo o protagonismo, o que sugere menção a um estado de coisas "eternizado", em que os postos ou lugares sociais imprimem sua marca nos sujeitos, fazendo-os serem.

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